Não sou herói Não tenho muito Não tenho um cavalo branco nem as posses de um rei Não sou promessa Não sou destino Não sou nulo O acaso me permite meus caminhos escolher Porém me sobram sempre as consequências E das decisões que tomo entre as incertezas Cada escolha é uma renúncia, aprendo a viver Não sou vilão Não sou cretino Não sou um pária para receber seu ódio escondido Não sou neutro Não sou um messias Não sou mudo E as cores que me deixam enxergar meu ser São as mesmas que abrem as sombras do mundo Essas coisas mostram ainda que por um segundo Ainda tenho muito o que entender E as cores que me deixam enxergar meu ser São as mesmas que abrem as sombras do mundo E das decisões que tomo entre as incertezas Cada escolha é uma renúncia, aprendo a viver Não sou perfeito Não sou cristalino Eu tenho vários tons de cinza e pecados escondidos Sou humano Sou verdadeiro Minha vida em plenitude me obriga então dizer Não sou herói, não sou herói