Há um licor proibido Que bebo escondido Há feitiço em meu peito Há uma pela morena Que inspira o poema E o cantar, deste jeito! Há uma terna carícia Escondendo a malícia É paixão verdadeira! A maça dos teus lábios Eu mordo aos bocados Me golpeou, Feiticeira! Morena, guarda pra mim! O mais puro mel do teu beijo Assim como guardo no pala O perfume da flor, que eu tanto almejo! Morena, guarda pra mim! O caudal do teu desejo Pois nem o mel do mirim Tem o doce, morena! Que tem o teu beijo Tua mirada de tigra É fogo que instiga E atiça o pecado Tu jogou o cabelo Pedindo desvelo Calor dum afago Feiticeira te digo Corres-te o perigo E caiu na armada A paixão é traiçoeira E quedou feiticeira Ao fim enfeitiçada