Deslizo os pés na dança tensa Enquanto leio seu olhar Tentando antecipar o toque das suas mãos Que vem em minha direção Me colocar no chão, por pra dormir Como um atropelo programado E sigo flutuando No espaço vazio entre você e eu Que mais parece a via para a colisão entre a nossa sorte Dançamos com a morte Quem será o mais forte? Verte o suor de aflição Na hora da queda Tudo parado no ar Fazendo questão de recordar Que ainda vale a pena Abre a contagem para eu acordar Oito, nove, dez Convida a lona que é o berço da invalidez Na mente um filme de trás pra frente Espera por um fim O corpo torto pede Um pouco de descanso Mas ainda sou moço pra insistir