Os meus olhos são janelas de uma alma sem resposta Minha mente, um continente de conceitos abstratos O meu Pampa é tão imenso, que não cabe nestes versos Que um gaúcho da cidade se botou a escrever Da janela da minha casa observo o fim de tarde Pelo jeito desse vento, imagino que vem chuva Eu procuro por sinais, olhando firme no horizonte Como os meus antepassados me ensinaram a fazer Na cidade ou no campo, todos fazem dessa forma Pois o céu que nos encobre é igual pra qualquer um E esse vento, quando sopra, é o canto que quer me mudar E esse canto, quando sopra, é o vento que vai me levar Minha sede de respostas se alimenta de perguntas É capaz que um dia eu morra sem ninguém me responder E tirando tanta dúvida me sobra uma certeza Minha alma é uma casa com janelas frente Sul E esse vento, quando sopra, é o canto que quer me mudar E esse canto, quando sopra, é o vento que vai me levar E esse vento, quando sopra, é o canto que quer me mudar E esse canto, quando sopra, é o vento que vai me levar