Bronzeada a tarde de março Fico figurando entre o pasto Mormaço de verão Lá estava indesejado Um ser de braço espinhado Com a força no pendão É esse semblante feio Ninguém lhe cruza no meio Pois na ponta se defende É peleador com seu jeito Se não lhe cortam direito Ele brota novamente O chamam de suja campo Mas mostra seu leve encanto No ladeirão de invernada Mesmo com corpo espinhento Traz a beleza no centro Em suas flores bem coradas Tem ares de ser discreto Mas ninguém o quer ter por perto Por ser aquilo que é Só o sangue frio da cruzeira Bufas de casirineheira Igualmente ao jacaré Morre com a terra bocada Na precisão da enxada Que lhe cortou sem sangrar Com um talho no pendão Vai findar seco no chão O sujo caraguatá