Alguns anos no exílio tipo Caetano. Sempre fazendo exercícios me chamem de Rocky. Escrevo saudade porque mato de vez em quando. Continuo fazendo o que não deve, mas pode. Perder é bem mais fácil que achar se tu me deixou louco eu não quero me tratar. Fujo do hospício, me enrola, me interna. Interrompi os meus estudos só pra ir pra escola. Tocou o som e eu fiquei no castelo Bateu vontade de ligar, mas nem quero. Nessa viagem fiz um poema reto. Desculpa aí que esse é meu bolero Esse é meu frevo. Faço o que quero. Tô viajando mesmo. Esse é meu bolero. Esse é meu frevo Faço o que quero Tô viajando mesmo Esse é meu bolero Nada aqui é sério A vida é peso Desde menino de dentro do berço Aqui por inteiro quem tirou leite anotado Esse povo entende tudo é errado Minha memória é seletiva baby Minha história é longa senta pra ouvir Já vi de tudo é tudo de enfeite Vamos pra rua que enjoei daqui Mas se não tiver amor não tem rock Minha literatura é marginal não é pobre Nem sei se vai curar a dor não me cobre Mas junta com outra coisa pode te deixar forte Esse é meu frevo Faço o que quero Tô viajando mesmo Esse é meu bolero Esse é meu frevo Faço o que quero Tô viajando mesmo Esse é meu bolero