Estou aqui, aqui estou, com muito fôlego, morou? Mandando ver altivamente a todo vapor Rimando sem parar rumo ao alvor Cheio de disposição num bom diapasão Incentivando os habitantes dessa nação Seguindo em frente, trilhando na exata direção Mudança e transformação através da expressão Falando o que eu sinto e cogito com exatidão Pois tenho minha própria opinião E você deve ter a sua, meu irmão, acorde da escuridão Vamos lá, gente indecisa, induzida, calada que não opina Ponha-se na defensiva e fique, fique na ativa Impeça que fulanos controlem sua vida Por que não são eles que mantêm sua família Nem adornam a sua casa com a mobília Não são eles que te dão grana pra comprar comida Permaneça em atividade, deixe os inimigos de lado, na saudade É por falta de atitude que nosso povo está nessa ainda de pobreza e miséria Sendo sugado pelos bactérias Escutando as inúteis conversas, esperando pelas promessas Dos enganadores que deitam e rolam às custas dos patetas Tanta asnice bloqueia mentes e afeta Será que as pessoas não se cansam de tamanha abobrinha? Desprezem essas histórias da carochinha Vou, vou, vou, vou Altivamente a todo vapor Estremecendo tudo com o hip-hop causando furor Pode crer, é isso aí! Pô, pô! Ação, é hora da revolução, se você não quer viver em vão Cercado de decepção, aja e corra para a libertação Em união poderemos nos transformar num vulcão em erupção Mas boa parte da população prefere perder tempo o dia inteiro Diante de um aparelho de televisão Tem que ter moderação, se não ocorre a deterioração Exercite tua matéria que está dormente Pois a ociosidade esgota a força da mente Ei, ouvinte, eu sou um rapper sincero, distante de ser mentiroso Sei que muitos devem me achar um sujeito vaidoso ou pretensioso Com o propósito de aproveitar-me de tudo Manipulando a cabeça de quem é muito nulo A mídia de mau gosto, a fim de faturar gananciosamente É o que entorpece os incultos Estou aqui para tocar nas feridas dessa injusta sociedade Quero que eles escutem eu rapear versos de pura verdade (Ouçam!) uso a sinceridade Vou, vou, vou, vou Altivamente a todo vapor Estremecendo tudo com o hip-hop causando furor Pode crer, é isso aí! Pô, pô! Como que eu posso ficar parado Vendo um pedinte faminto morrer calado Vendo o negro, o mestiço, o mulato serem discriminados Vendo gente simples e analfabetos sendo enganados Vendo doentes de um precário hospital Morrendo por falta de medicamentos e cuidados, hã? Me responda imediatamente ou cale-se para sempre Mesmo não tendo condição de ajudar financeiramente De dar um maior apoio a essa gente Eu faço minha parte adotando uma medida coerente Transmitindo a quem quiser ouvir As consequências dos atos praticados pelos homens de frio semblante Botando a boca no trombone para que sejam mais amáveis com o semelhante Aumente o volume, pois quem fala é o Gêiser Altyvo Por mendazes não permito ser persuadido Só nas palavras de Deus eu acredito É por pensar diferente que o que é veraz Profiro, profiro, profiro, profiro, profiro Eu, um cara pacífico, muito, muito tranquilo Que quando sou ofendido, solto o meu rugido Provoco um escarcéu se for preciso, no meu calo ninguém pisa Não admito uma coisa tão abusiva A massa já sofreu à pampa (excessivamente) Nas garras desses animais, os dominantes montaram e rosetaram demais Chega de tanto sofrimento e dor Vamos aluir os arredores altivamente a todo vapor Altivamente a todo vapor Vou, vou, vou, vou Altivamente a todo vapor Estremecendo tudo com o hip-hop causando furor Pode crer, é isso aí! Pô, pô!