Eu vivo em Nyx Durmo com Cérbero Pequeno príncipe Estige é belo Chasma da serenidade Um lugar pra eu chamar de lar Me abrigar no riso da eternidade Conjurar os confins do sistema solar Quando fui levado a ver o mar Concluí que a morte foi o primeiro barqueiro Empunham tantos berços a velejar Renuncio em Caronte meu último paradeiro É tão garboso viver de pedra e gelo! Roer como um osso o fundo desse fosso! (O fundo desse fosso!) Tão garboso! Viver de pedra e gelo! Quem disse que preciso de sua atmosfera? Quem disse que decido morrer em assembleia? Honrado desertor do planeta Terra! Eu vivo em Nyx Durmo com Cérbero Pequeno príncipe Estige é belo Chasma da serenidade Um lugar pra eu chamar de lar Me abrigar no riso da eternidade Conjurar os confins do sistema solar Quando fui levado a ver um bar Descobri que as taças são fendas nas pedras! São cavidades Gargalos à minha espera Sereias etílicas, ventres gelados da enologia! Cantam tão púdicas Plutão se rende à maresia Só não sei se são tão mortais Já não sei se são sexuais Serão alunas tão carnais versadas em ciências sensuais? A sereia pescou o pescador A sirena jogou o jogador Astronomia da embriaguez Luas de vinho e de amor! Chasma da serenidade Um lugar pra eu chamar de lar Me abrigar no riso da eternidade Conjurar os confins do sistema solar