Velhos oceanos, áureos tempos lusitanos Perdidas caravelas de Cabral Na maré corrente, avistaram logo à frente Em terra firme o Monte Pascoal Puderam imaginar um iminente país Na aldeia livres dos Povos Tupis E deram a notícia ao Rei de Portugal Que preparou uma festa colonial Vieram missionários, bandeirantes, mercenários Pra desbravar a Terra de Vera a Cruz Propagar a fé, à força, ao povo intimidado Crucificado em nome de Jesus Oh meu Brasil, teu rumo sempre foi incerto E até hoje ainda não foste descoberto Oh meu Brasil, oh meu Brasil Dourado minério reluziu em seu império E a corte então, de perto, veio ver Mas a tirania que embalou a monarquia Não mostra a pintura de Debret Sonhos insistentes em grilhões inconfidentes Mesmo depois de tantos carnavais E um amargo pão ainda alimenta a nossa gente De intrigas e interesses pessoais Oh meu Brasil, teu rumo sempre foi incerto E até hoje ainda não foste descoberto Oh meu Brasil, oh meu Brasil Como justificar tanta incoerência Não’um breve brado de independência? Mal sabemos lidar com os erros Do passado E ainda navegamos enganados Oh meu Brasil, oh meu Brasil