Vai comprar pão na padaria de ninguem Acorda no dia seguinte pro vai e vem Se o profeta nao virá quem me fará enxergar Sozinho tudo nego, te quero, entao vem pra cá E vai Dançando assim mesmo de lado Correndo pro assento ultrapassado Chorando a sua imensa solidão Se nao quis ninguem nao ache que agora que te terão Tenho que correr pro espaço em que me esperam Nao há tempo, som ou sombra em que me enxergo Cansei De atirar o que de dentro me pertence Deixo tudo largado pra me adaptar Preciso me encontrar pra parar de correr Enquanto a correia quente tenta me deter E vai dançando do seu jeito Seu ritmo encontrará em qualquer lugar Sem ter que ir correndo contra o tempo Até a padaria de ninguem passar