Sou filho do agreste, cabra da peste Levo o cinema pro sertão do meu Brasil Hoje a passarela é a tela E a Colorado faz historia com Bibiu O Sol Se escondeu pra sua estrela brilhar Sobre um chão que chora Entre tantos outros Severinos Esse menino despontou O povo reunido na praça principal As luzes se apagam, ruge o leão Em cena um Carlitos arretado Fazendo graça no compasso do baião O sertão virava mar pra Dalila e Sansão Um faroeste com mocinha e vilão Mandacaru e xique-xique no cenário Até Tarzan e King Kong se encontraram Em sua mente Comédias, grandes filmes de amor A sua epopeia assim surgiu Pra nos emocionar Contou Roliúde e até navegou À Atlântida, brasilidade O sonho de um sertanejo Meu samba vai eternizar E hoje é mistério, talvez imortal Quem sabe risos lá no céu Mas se quer saber o fim dessa estória Põe dim-dim no meu chapéu