Fomos navegando sem sentido Sem fronteiras nem caminhos Sem cuidados de chegada ou de partida Pelas rotas proibidas E agora que saída Se ao olhar em mar aberto Estive só e num deserto É o mesmo pó que embala o vento E a escuridão desse momento Poucos se deixaram ir tão longe O horizonte ali defronte A perder-se nos seus olhos que um dia Revelaram paraísos Mil encantos indecisos Povoando meus anseios Pelos cantos, pelo meio E no entanto o que veio Não passou de devaneio Quem sabe um dia eu possa fugir Pra lá, te dar o que ficou E a fantasia de nós descobrir Guardar, rasgar e sem pudor Revelaria a nossa estação Tensão de mãos, numa flor Te acenderia sem explicação Razão tem não, só calor