Encilhei já meia tarde Na sombra atrás do galpão E larguei meio escondido Do Sol, também do patrão O trote apurei no passo Mais ligeiro me vim Um pouco era por saudade Um pouco era os camoatim Cruzei o arame dos Vargas Ainda por bem cuidado Atalho de duas léguas Pra quem conhece é um achado Vinha assoviando uma copla Que fiz pra cantar pra ti De tanta estrada que tinha Quase a metade esqueci Na cruzada lá no passo No remanso da laguna Apeei, trouxe pra ti Esta florzita de tuna Bem parecida contigo Mimosa, mas tem espinhos Que é pra se olhar de longe Ou pegar devagarzinho O coração vinha ao tranco Do galope do meu pingo Mas garanto que se adoça Entre o sábado e o domingo Agora cheguei com sede De um mate bom com poejo Se acaso não tiver erva Aceito três, quatro, beijos Minha florzita de tuna Trago semanas de espera E um amor de campo largo Já bem maior do que era Apurei, cansei cavalo Porque a vida é bem assim Mas agora desencilho Pra te contar como vim