Eu me esclareço em vagalume Sou caga luz por natureza Nasci assim mal ajambrado Num baldio de beleza A minha cruz é no subúrbio Igual a Judas numa esquina Crucificado de confetes A coroa em serpentina Ai! Adeus flor do Valqueire Vou voltar na madrugada Resseco e quebro sem seu fel Mas não recebo ferroada A estampa do toureiro morto O escuro abriu-se ensandecido Meu canto é esse barco negro [...] Vai desvaído Artrose que devora os dedos do violonista A borboleta presa no cinzeiro do turista Voou