De todos os males Que vieram De Portugal Excluindo-se aqui A evidente E canalha Exploração O pior de todos Sem dúvidas É a palavra Saudade Ah, saudade! Ah, saudade! Um sentimento aldrabão Ah, saudade! Ah, saudade! Que maldade! Herança malquista Dívida póstuma Tivessem eles jamais pisado No Brasil Felizes, chamaríamos Uma falta doída de indigestão E os nossos mais belos poemas Seriam aqueles Que estudassem O comportamento estranho do intestino Quando longe do lugar Ou da pessoa amada Ah, saudade! Ah, saudade! Um sentimento aldrabão Ah, saudade! Ah, saudade! Que maldade! Desde que eu parti, há movimentos estranhos Contínuos e cíclicos dentro de mim Sentir falta do que eu tinha me ocupa todo o tempo E faz do meu próprio corpo toda uma indigesta esfinge