Eu já apanhei demais E perdi o meu espaço Destruição que é sentida Nos becos e vielas Escura e bela noite Cortina de estrelas Sob a luz da Lua Cria em meu sonho Desejo de viver Mata minha sede Porque quero muito mais Mas minha sede não importa E sua fome não interessa A poeira sobe e ganha vida Quando tudo são pedaços É tudo pouco caso Cenário de um teatro Arco-íris de papelão Vontade de amar O que nunca vi Dormir toda noite Saber que o dia vem Tenho o martelo nas mãos E força para oferecer Mas discos de vinil não servem Em aparelho de cd Somos nada de poucos O fim da censura Cidadão do mundo Já vivemos sob tortura Mas tudo acabou É consequência simplesmente Do medo que ficou