Nosso presidente Sempre foi e sempre será ausente Apenas um salafrário residente Um palaciano representante De uma população irrepresentável Em uma sociedade irreconciliável e doente E não importa quem esteja sentado Na cadeira da câmara ou do senado Desse nosso corrupto e anêmico estado Pois o poder faz da mente indecente E só quem corrompe acumula poder Em um sistema falido moral e financeiramente Mas não temam nada! Vejam as janelas, olhem pro céu agora É ele que vem descendo A lenda, o mito O salvador das escrituras, o prometido Abram alas para quem o quiser acompanhar Vão, vão embora Dessa vida de amargar Para o tão sonhado Paraíso perfeito... Dos bichos!? E na cabeça deles nada é imprescindível Além da vontade de tirar aquele por fora Sempre que for possível (sempre é) As custas de quem se mata de domingo a domingo Nessa pandemia de decisões irresponsáveis Elegidas como quem joga (nossas vidas) no bingo E se existisse uma alternativa milagrosa Sem muita reflexão e imediatista Você poderia até contar comigo Mas foi justamente pensando nesse sentido Que chegamos aonde estamos E dificilmente sairemos todos vivos E se você acha que está tudo bem lá fora Você perdeu a noção da realidade Tudo está tão fora de lugar Não há nada nem ninguém Onde deveria estar Eu sei que é difícil compreender Tudo aquilo que se é preciso fazer Mas desistir não é uma opção Na sua cabeça: Revolução De volta a vida você se prepara E vamos dar viva as nossas forças desarmadas Aquelas tantas que aguentam caladas Desvitaminadas, desorientadas A todo momento sempre a mesma ladainha Desses porcos bípedes que usam gravatas Vendendo ilusões durante o dia E tramando esquemas sórdidos de madrugada Você está cansado dessa palhaçada Você quer se armar, você quer se amar Mas te desarmaram no começo da insurreição E na sua mão apenas um voto, sempre em vão E todo dia você acorda morta Com um nó na garganta E uma mudez inexplicável Palavras enforcadas, proibidas Um dicionário que a cada ano Se atualiza para ser extinto Tanta coisa errada se observa E só uma pessoa pode te salvar Adormecida lá no fundo da consciência Querendo se levantar Essa pessoa é você, querendo pensar E no seu ato final de desespero Com outros amigos enlouquecidos Você entra naquela esplanada Porque você quer ser ouvido Mostrar para todo mundo Que o problema é mais do que político É natural, é instintivo, é cultural Animais vivendo em um curral Mas não temam nada! Vejam as janelas, olhem para o céu agora É ele que vem descendo A lenda, o mito O salvador das escrituras, o prometido Abram alas para quem o quiser acompanhar Vão, vão embora Dessa vida de amargar Para o tão sonhado Paraíso perfeito... Dos bichos? Não é o estado que vai me impedir De ter a minha liberdade A menos é claro, que Ele me mate Não é o estado que vai me impedir De ter a minha liberdade A menos é claro, que Ele me mate