Eu vou pedir para o divino Não descuidar do destino Do meu Itapicuru Ele é despretensioso Mata a sede do povo Da vida aos saguirus Suas águas cristalinas Fertilizam às campinas Molham minha plantação Os homens cheios de maldade Dele não tem piedade Causam-lhe destruição Meu rio para eu não chorar Corra, se esconda no mar Suma nesta imensidão Jamais quero ver você Morto igual ao Tietê Potrificado no chão Oh, meu Senhor do Bonfim Interceda a Deus por mim Os rios são como crianças Se um dia meu rio morrer Senhor, você pode crer Morre também minha infância