Um berro do ventre da mata, nasci Das águas de um igarapé, bebi Sou Iara, cuido dos peixes dos rios Meu irmão é o Saci Sou fia de Vei e Siá do Mato Da tribo brasileira Como com a mão e caço com gato Da linha de Matinta Pereira Sou filha de pajé, domo os ventos, feiticeira Iansã do candomblé, menina moleque, mulher faceira Urucum nas veias e samba no pé Devota da Lua e de Tupã Ando nua sendo cheia Maré alta de manhã O mar revolta e eu guerreira Sou filha de Irapuã