Não há cupim, nem erosão ou esmeril capaz De carcomer o que compus com tanta inspiração Se eu não errei a mão Tudo perdurará De geração em geração até galgar a glória! Abalará a fundação e deixará pra trás Meus desiguais, nunca jamais me compreenderão Se eu não errei no tom Tudo prosseguirá E meu refrão ecoará no fundo da memória! Ninguém decapitará O que compus opus dei Copa de jequitibá sombreia A obra capitular Que ao futuro ofertei Já foi pegando uma dianteira Arrastará a multidão e ficará no ar nessa estação Por um milhão de anos-luz ou mais Se eu não surtei de vez Ela resistirá À roda que tritura a moda à cada nova história Então depois ao que compus com o coração na mão Não caberá definição nem rótulos banais Se eu não menti demais Hão de me dar razão Na hora “h” estenderão a mão a palmatória Ninguém decapitará O que compus opus dei Copa de jequitibá sombreia A obra capitular Que ao futuro ofertei Já foi pegando uma dianteira Olha que eu não sou cabotino É que eu só sei fazer o fino Faço assim desde menino E até meu coco bater pino Eu vou continuar Só no manjar