Pobre garotinha ruiva Da feirinha de São Tomé Brigava com seus cabelos Enquanto corria até A casa da Tia Alice Pequena e sem portão Iluminada pela luz Da força de um trovão De um trovão.... As quatro e quarenta e cinco De uma tarde tempestuosa Corria a garotinha ruiva Do medo que lhe perseguia E corria. E corria Ao seu redor o grito das mandrágoras E bem pior..perdeu-se pelo caminho Raios, dizia...enquanto corria Oh, tormenta que a assombrava Enquanto a noite caia Caia Trêmulas passadas por becos obscuros Ao som da tempestade que inundava seu pensamento E o cimento no chão batido Anoitecido por horas insanas Horas, dias, semanas...semanas Horas, dias, semanas...semanas Até que ela se tocou Que o que ela tinha tomado Com gosto de boldo queimado Era um tal refresco encantado Do velho Astrubal Guiné O eremita dos olhos de vidro Da feirinha de São Tomé ----4x Olha a garotinha ruiva fugindo da tempestade.....4x