Costume de esquecer que um amor dói Costume que faz você ver que esta preso ao Costume de não se desprender do Costume de sempre se iludir com Costume de sempre achar que o Costume do outro vai ter completar Costume de nunca se preparar Acostume-se a se acostumar É nessa vida louca tão acostumada Que se vivem as pessoas sempre tão ocupadas Se afogando na vertigem toda alienada Tem que fazer! Tem que fazer! Se acostumando a viver sempre na estrada Garantindo que sua vida está acostumada A achar que nunca tem que mudar nada Por quê? Costume de ficar no chuveiro sem fazer nada De olhar no relógio e dizer: "Tô atrasada" Costume de deixar pra depois sua empreitada O costume de procrastinar! Costume de dizer eu te amo pra namorada De olhar nos olhos e fingir uma risada O costume de sempre concordar Sem saber nada Costume de não enxergar a parte engraçada De endurecer e acinzentar a madrugada O costume de fazer tempestade em copo d'água O costume de calcificar! O costume de ser infeliz gastando nada O costume de em toda vitrine ficar parada O costume de só sorrir se a transação é aprovada É ostentar! E depois de um tempo a agende sempre nota Que os costumes acostumaram-se a se acostumar E lá dentro floresce uma grande revolta Que no fundo só serviu pra gente poder vislumbrar