Na sua festa eu não pago mas eu também não entro Onde mulher não paga cê sabe que ela é um instrumento Escroto machista Não sou objeto pro seu lucro Onde a mulher não paga Cê sabe ela é um produto Sinta a batida a levada que levo Espaço das mina, eu alto elevo Machista não aguenta querem nos matar Censurar, querem boicotar Estouro dos graves, com denúncias graves Juntou-se a firma pra denunciar Querem me oprimir e violentar Meu corpo, minhas regras, as minas falou E não finge que não escutou [2x] Vão ter que engolir o espaço é nosso com elas eu posso as mana é osso Osso duro de roer não precisa ouvir pra crer Tanta merda que ele fala e ainda tem quem passe o pano Pros seus rap de engano [2x] Já passaram de mais não foram leais Venderam ideais or meros reais (sem valores morais) [2x] Quem tem coragem fala e isso é o que nós temos Nós não abstemos e também não te apoiamos Dick vigaristas, dick vigaristas Boicotem os machistas Sempre com respeito e humildade pra chegar fortalecendo o corre aqui também é o meu lugar Mas hoje não pedi licença pra entrar Não sou a cinderela que cê esperava minha vida não é um conto de fadas Longe de ser a santa virgem imaculada perfeita nem pensar não fui feita numa fábrica Cheia de erros meu maior defeito é exigir direitos Vinda do útero lutando hoje pra colher igualdade, liberdade no futuro peço a deusa livrai-nos dos puto Proteja meus ovários nos becos escuros Não quero ser mais uma algemada na fila do hospital Porque minha escolha interfere sua moral Sangrar até a morrer infelizmente é a realidade de várias mulheres esperando a curetagem Não faço por ibope isso é rap de mensagem [3x] Sergipe, Aracaju junção da sul e a norte As mina tão no front já não aceita mais os corte Não mexe com nós porque tu não vai ter sorte A ideia é passar a mensagem construtiva Hoje eu já não caio no papo dos vigaristas Na sua festa eu não pago mas também não entro Trabalhadora que resiste Em um sistema que oprime Na luta não subestime Vamo de pé no asfalto Sem silenciar no ato Ocupando a cidade é de assalto É conta pra pagar E ninguém se dá conta Tem um dedo que sempre aponta Pra ela enquanto apronta o que quiser Resiste na contramão só por ser mulher Que só quer revolução Se estiver na ação E o sistema reproduz O machismo como regra Nos reduz, conduz A disputa perversa E quando eu vi eu pus Um fim nessa conversa A mim não interessa Tanta competição Em tanta contradição Pra quê o espanto? Não negue o assunto É um risco que assumo quando canto Pois sei que em cada canto do mundo Tem uma mulher aos prantos Lutando na mesma trincheira com as vozes engatilhadas segurem o contra-ataque Saímos do anonimato cortando feito navalha, para pôr a cabeça dos dick vigaristas no prato Que caiam as máscaras, vim expor seu machismo velado Se na sua festa a mulher não paga ela é isca para atrair macho O hip-hop é unissex, respeite a luta e tire o puta e a vadia da sua letra sem conteúdo e carregada de hipocrisia Consciente até inconsequente, não tente, repense, sustente Meio diferente mas sempre inteligente Pra manter sempre forte o elo da corrente Moça, faz a tua dor a tua luta Sempre com conduta nunca na disputa Vamos tumultuar, agregar, unificar Com o punho levantado o machismo derrubar (2x) Não tamo acreditando mais em conto de fada Se liga na levada tamo mais que preparada Cê pensou que nós num tava né? Nem desconfiava, agora sente o peso, segura essa pancada Não se faz de bom moço meu rapaz Presta atenção se pelo menos for capaz Somos as Bruxas que cês não conseguiram queimar Com poder da voz, não vão nos calar Podem até tentar Até conspirar Vou pegar no teu pé tiozão Vou aterrorizar Não vem me oprimir Dizer que é ‘mimimi’ Misoginia maltrata a pesquisa está aí Feministo? Esquerdo macho! Passou na minha frente eu não perdoo eu esculacho Mulher do cangaço (2x) Na sua festa eu não pago mas eu também não entro Onde mulher não paga cê sabe que ela é um instrumento Escroto machista não sou objeto pro seu lucro Onde a mulher não paga cê sabe ela é um produto [2x]