Quem diria um dia O pequeno Pakuru Munduruku Viraria um afoito bicho solto Que bubúia em rio revolto Pakuru teve um grande sonho Brincava ele solitário Gonvernando seu reino imaginário Menino Sanhaçu dos Tapajós Munduruku sanhudo independente O curumim já quer lutar Protegido em seio de Patymaru Sonhava um dia ser Tuxaua Ardia o tórrido calor do sol Enquanto desafiava Pela zarabatana encantada Pakuru gente grande imitava Ao som da flauta Pakuru devotava Pakuru se fez sonhar Grande era o seu espanto Por ter crecido tanto Pakuru não era mais Um curumim Não queria mais Borboletas-de-fogo O grande Ajeruetê Adorador de Katu-Sakibê Iniciado em travos de conflitos O inimigo inumava E pelo sangue no chão inundado Tornou-se então destemido (bis) Guerreiro Munduruku Pakuru agora guerreiro Munduruku Um grande guerreiro Munduruku Pakuru agora guerreiro Munduruku