Tambores anunciam o grande ritual Dos filhos nativos da mãe natureza Canta a cunhã, canta o curumim Cultuando suas crenças e tradições Cantos de alegria na imensa floresta Celebrando a vida, celebrando o amor Na taba sagrada dos Manaós A maior nação indígena da ameríndia Unos de coração Irmanados em uma só fé Eis Ajuricaba o grande guerreiro Caboquena, avô curandeiro Hiuebéu, pai do guerreiro Cacunaca, filho e guerreiro Menino ticuã, o amigo do destino Senhores da guerra Defensores da mãe-terra Amazônia, Amazonas Paira sobre ti uma escuridão Presságio de dor e destruição Amazônia, Amazonas Estrangeiros invadiram tuas matas Erguendo a fortaleza da ambição Amazônia, Amazonas Tua angústia torna-se lágrimas Sofrimento, morte e escravidão Mães nativas choram inconsoladas Pelas filhas desonradas, O nativo escravizado O inocente massacrado, Há sangue em solo sagrado "No terrível conflito cai o filho herdeiro Cacunaca, o filho do bravo guerreiro Desalento, desespero, lamentação..." Ajuricaba em fúria e dor Ataca o seu poderoso opressor Num ato descuidado são aprisionados E para Belém são transportados Um motim acontece no encontro das águas Seus irmãos são massacrados no majestoso rio que tanto amavam Ajuricaba e o amigo morrem afogados Da memória se faz a homenagem Da tribo dos Manaós à cidade de Manaus Na história se dá o heroísmo e a bravura Contada no Parque do Ingá Na ciranda Guerreiros Mura (bis)