Eu toco viola mas não por esmola Eu não tive escola, tenho a idéia fraca Sou um caboco feio, tenho até receio Se eu óio no espeio o medo me ataca Por eu ter essa fama o povo difama Mas se alguém me chama de cara de vaca Fico descontente, bebo aguardente Amanheço doente, curtindo a ressaca É desde pequeno, que eu vivo sofreno To sempre bebeno e bateno a matraca A melhor bebida é a pinga ardida Nunca dei saída nas bebida fraca Na noite em que eu bebo eu não dou sossego Na hora que eu chego na minha barraca Ninguém abre a porta, eu dou uma vórta No fundo da horta eu arreio a bruaca A marvada pinga, sobe na moringa A patroa xinga, me vexa, me achaca Ô mué nervosa. É memo teimosa É duas, três prosa, nós logo se atraca A verdade eu digo, parece castigo Toda vez que eu brigo, eu saio na maca Briga violenta, bebum não agüenta A corda rebenta é Nas partê mais fraca!