O vento arrancou o meu pé de limão bode, Ai meu Deus,como é que pode, Agora como é que vai ser! Se eu compro a pinga no boteco do Gerárdo, Chego em casa e não tem cardo Do limão pra "mim" beber. Cumé que vai ser,cumé que vai ser? Cumé que vai ser,cumé que vai ser! Se o meu patrão,não me paga quase nada, Eu me arrebento na enxada Trabalhano o dia inteiro Chego em casa,a muié preocupada, Na panela não tem nada, No bolso não tem dinheiro. Eu preu ficar,na mais completa desgraça, Um pé de de vento sem graça, Arrancou meu limoeiro. E o vento arrancou o meu pé de limão bode, Ai meu Deus,como é que pode, Agora como é que vai ser! Se eu compro a pinga no boteco do Gerárdo, Chego em casa e não tem cardo Do limão pra "mim" beber. Cumé que vai ser,cumé que vai ser? Cumé que vai ser,cumé que vai ser! Se antigamente,lá na mata eu caçava, Ou no córgo eu pescava,o que comer nunca fartô, Mas hoje em dia, amata já virou carvão, E essa tár poluição,com os peixes acabou. E preu ficá Na mais completa desgraça, Um pé de vento sem graça, Meu limoeiro arrancou. E o vento arrancou o meu pé de limão bode, Ai meu Deus,como é que pode, Agora como é que vai ser! Se eu compro a pinga no boteco do Gerárdo, Chego em casa e não tem cardo Do limão pra "mim" beber. Cumé que vai ser,cumé que vai ser? Cumé que vai ser,cumé que vai ser! (repete) -->Fim