Mas tchê que mate bagual numa cuia de porongo De requentar “os mondongos” num dia bravio de inverno É o aconchego fraterno pra alma do homem rude Que por mais que o tempo mude chimarrear será eterno Serrano de marca e cunho mescla de índio bugre e branco Trago no punho e no canto minha humilde vocação E assim como meus irmãos também herdei o legado De sorver o mate amargo solíto ou em comunhão A lida nos fez mais fortes retemperados com o pampeiro No lombo de um potro xucro no arado ou repontando um ofício povoeiro O homem serrano renasce remoça revive com a cuia na mão Na serra não existe sentido um serrano perdido sem o chimarrão