Abre a porteira patrão da tua invernada de taita Pra escuta o ronco da gaita nosso clarim galponeiro Pedaço de céu campeiro bordado de sol e lua Trancão do Rio Grande véio que até hoje continua 2X Bamo lá que a vida é curta uma noite não é nada No embalo do trancaço cruzemo madrugada 2X Nas noites que lá se foram dum xirú madrugador Num rancho de corredor de capim feito a machado Ouvindo o berro do gado na luz da estrela boieira Surungo véio amanhece neste trancão de vaneira 2X Bamo lá que a vida é curta uma noite não é nada No embalo do trancaço cruzemo madrugada 2X Marca xucra dos antigos que defenderão este chão Tem gosto de chimarrão servido por mão de china No clarão da lamparina entre a poeira e a fumaça Machado de pouco fio não falqueja esta carcaça 2X Bamo lá que a vida é curta uma noite não é nada No embalo do trancaço cruzemo madrugada 2X