Tem bate casco lá no rancho do retoço Me ajeito e me perfumo pra dançar na tal bailanta. Encilho o zaino e na guaiaca boto uns cobre, Hoje não tem china pobre dou de mão numas percanta. A trote largo, garro o rumo do povoado, Fandangueiro e atiçado de pinguancha sinto o cheiro Entro pachola e me oitavo no balcão Meto uns "gól" de relancina que é pra me achar no entreveiro. Vi a china que eu queria retoçando pra um moreno Fui pro lado do candeeiro que é pra ela me avista No grão dos "óio" da tianga dei um vistaço Golpeei mais um talagaço pra mó de me encorajar. (Sou peão de estância e pras gurias cantador, Não me abalo por cambicho mas vou metendo pavor.) Teve quem disse tu não chegue de carancho Que eu não gosto de desfeita e a morena me espera. Olhei pra fora pra causo algum desaforo E larguei meu marca-touro nas ventas daquele quera. Deu rebuliço por causa da tal pinguancha E o mulato em mim se avança igual touro na invernada Baixei-lhe o mango igual surro aporreado Garrei ela e "fumo" a tranco e "varemo" a madrugada. To com a china que eu queria no meu zaino engarupada Numa noite enluarada nós se tapando de achego. Morena lindaça que num cafungo arrepia Se agrado da minha linha e pousou nos meus pelego. (Sou peão de estância e pras gurias cantador, Não me abalo por cambicho mas vou metendo pavor.)