Mandei fazer um alambrado bem ligeiro Com um caboclo retorcido, meu amigo Disse pra ele, tenho pressa companheiro Quero no sistema antigo Numa semana fica pronto, eu já lhe digo Ruque Ruque tá furado Suque Suque, tá socado Gingue gingue tá estirado Oiga o serviço bonito, já tá pronto patrãozito Vou lhe entregar o alambrado Oiga o serviço bonito, já tá pronto patrãozito Vou lhe entregar o alambrado Uma vaneira da campanha ou da fronteira Traz a alma galponeira de quem vive no rigor E pouco importa se é serrana ou missioneira Se levanta polvadera nos fandangos do interior E o índio velho das munhacas calejadas Que recorre as invernadas sobre o pingo companheiro Baile entretido nos encontro da patroa E acha a vida muito boa vaneriando nos terrero Uma bailanta sem vaneira vira em nada É uma estância sem eguada meu patrão É rodeio sem ginetiada meu amigo Gaúcho sem chimarrão Mais quando salta uma vaneira da cordeona A alma fica redomona meu irmão E a peonada se embala e vai pra sala E já começa o calorão Êh, êh, êh se vieram Ah, ah, ah, se agarraram Pra chegar nas quatro quadras Carreira de cancha reta Que é muito divertido E tradição da gauchada Êh, êh, êh se vieram Ah, ah, ah, se agarraram Pra chegar nas quatro quadras Carreira de cancha reta Que é muito divertido E tradição da gauchada Já são quinze pras duas Sessenta em cada lombo Chegando no partidor E o juiz com a bandeirinha Tá mandando pra chegada Os seus dois julgador Os cavalo emparelhados Os xirús apreparado Pra correr a cancha reta Se a carreira embatucou Chamem o terceiro homem Que é o desempatador Êh, êh, êh se vieram Ah, ah, ah, se agarraram Pra chegar nas quatro quadras Carreira de cancha reta Que é muito divertido E tradição da gauchada