A vida me molda a estampa por cidadão e campeiro Me visto xucro de pampa e sigo num trote chasqueiro Para qualquer circunstância, firmo o garrão e o freio Nas gauchadas da estância e nos modismos do povoeiro Cada qual tem sua verdade para expressar seu valor Não preciso de beldade e nem cifras de penhor Em qualquer lugar que for, transmito hospitalidade Não mudo de identidade de gravata ou tirador Não mudo de identidade de gravata ou tirador De gravata ou tirador, de mango espora e buçal Urbano ou tradicional, do campo eu sou senhor Amando o Rio Grande flor, conservo marca e sinal E me intitulo bagual de gravata ou tirador E me intitulo bagual de gravata ou tirador Ostento bota e bombacha, e trago do pago o brasão Sou pátria xucro de raça, sou campeiro e cidadão Não tire sua conclusão pela obra que nos prima Quem julga de relancina não contempla o coração Quem pensa que aparência dita normas de afeição Se engana de referência, tanto em palácio ou galpão Me apresento como peão, com direito e consciência Gaúcho por distinção para honrar minha querência Gaúcho por distinção para honrar minha querência