Vem festejar Na palma da mão Eu sou o samba A voz do morro! Não dá pra conter tamanha emoção Cacique e Mangueira num só coração Salve a tribo dos bambas! Onde um simples verso se torna canção Salve o novo palácio do samba! O doce refúgio pra inspiração Debaixo da tamarineira Oxóssi guerreiro me fez recordar Um lugar o meu berço num novo lar Seguindo com os pés no chão Raiz que se tornou religião Da boêmia, dos antigos carnavais Não esquecerei jamais! Firma o batuque, quero sambar Me leva! A Surdo Um faz festa! Esqueça a dor da vida Caciqueando na avenida Sim Vi o bloco passando O nobre rezando e o povo a cantar Sim Era um nó na garganta Ver o Bafo da Onça desfilar Chora, chegou a hora Eu não vou ligar Minha cultura é arte popular Nasceu em Fundo de Quintal Sou Imortal e vou dizer Agonizar não é morrer Mangueira, fez o meu sonho acontecer O povo não perde o prazer de cantar Por todo universo minha voz ecoou Respeite quem pôde chegar Onde a gente chegou! A minha alegria atravessou o mar E Ancorou na passarela Fez um desembarque fascinante No maior show da terra Será que eu serei o dono dessa festa Um rei no meio de uma gente tão modesta Eu vim descendo a serra Cheio de euforia para desfilar O mundo inteiro espera Hoje é dia do riso chorar Levei o meu samba pra mãe de santo rezar Contra o mal olhado eu carrego meu patuá Acredito ser o mais valente Nessa luta do rochedo com o mar E com o mar! É hoje o dia da alegria É a tristeza, nem pode pensar em chegar Diga espelho meu Se há na avenida alguém mais feliz que eu