“E agora eu vou contar Do dia que eu escapei de fininho pra ir pro fandango Mas a muié veio atrás de mim e aí a coisa ficou feia Fim de semana me larguei de novo Pilchado e cheiroso querendo bailanta A nega véia deixei nos pelego E me larguei bem cedo prum samba com Fanta E na chegada topei com uma China De trança nas crinas e de pele morena E de vereda já se entrelaçemo Pra sala boliemo dançar a rancheira E no vorteio do fole da gaita O índio taita sovando a xirua Mas a patroa tava de aba larga Num canto encostada me espiando da rua E no vorteio do fole da gaita O índio taita sovando a xirua Mas a patroa tava de aba larga Num canto encostada me espiando da rua Esse bagacera achou que ia se dar bem Mas eu vou mostrar pra ele como é que a mulher gaúcha resolve essa situação E despacito entrei no fandango Levei o mango e acabei com a porquera O chinaredo corria e gritava Enquanto eu marcava mais um bagacera De pouca prosa mas eu me garanto Depois não venha me chamar de louca Hoje tu dorme de lombo sovado Juntito com o gado e sem dente na boca Até o gaiteiro entrou na peleia Murchou a orelha e se foi a la cria Eu sou gaúcha, bruta e caborteira Esparramo a rancheira até o clarear do dia Até o gaiteiro entrou na peleia Murchou a orelha e se foi a la cria Eu sou gaúcha, bruta e caborteira Esparramo a rancheira até o clarear do dia Até o gaiteiro entrou na peleia Murchou a orelha e se foi a la cria Eu sou gaúcha, bruta e caborteira Esparramo a rancheira até o clarear do dia Até o gaiteiro entrou na peleia Murchou a orelha e se foi a la cria Eu sou gaúcha, bruta e caborteira Esparramo a rancheira até o clarear do dia Calma muié véia, não me bate, deixa eu te explicar, não é isso que tu tá pensando Ah não é o que eu tô vendo então Tu acha que eu sou besta? Eu sou besta mas nem tanto