Chaleira preta no aconchego do braseiro Porongo velho e campeiro desbeiçado pra matear O galo canta anunciando um novo dia Fecho um palheiro dos buenos ouvindo o gado berrar Lá da cozinha a patroa prende o grito Já tá pronto os bolo frito pro camargo acompanhar A gauchada se acomoda no galpão Na roda de chimarrão muito causo pra contar Que coisa buena reunir a gauchada Ao pé do fogo um violeiro abre o gogó Reminicências de um passado tão bonito E os bolo frito lá dos tempos da vovó Rio Grande velho do amargo bem cevado De um taura velho pilchado mateando ao fogo de chão Faz amizade pelos ranchos deste estado E algum mate bem cevado passando de mão em mão Aquerenciado desta coxilha buenacha Este taura de bombacha mantém viva a tradição Que nunca falte pelos ranchos e galpões Mais amor nos corações e a erva para o chimarrão