Mateando meio solito no interior desse galpão Enquanto meu cusco amigo na beira o fogo de chão A saudade me invade o peito, lembrando a minha sorte ingrata Que junto a aquela mulata levou o meu coração Enquanto a cambona chia meu pensamento se expande Onde anda aquela guria em algum canto do Rio Grande Se foi por outros caminhos, me deixou na solidão Dedilhando meu violão recuerdando teus carinhos Dedilhando meu violão recuerdando teus carinhos Saí cedo pra invernada estendendo redomão E o meu pensamento longe, nas coisas do coração Eu sou um índio campeiro, sentir saudades é um luxo Galopeando o dia inteiro aguento todo o repuxo Mas chega o final do dia, na hora do chimarrão De novo a solidão se transforma em melodia Lembrando aquela guria que eu fiz essa canção Não é fácil pro peão quando a saudade judia Não é fácil pro peão quando a saudade judia