Sigo ao tranco no tubiano ainda bruto E no costado meu cachorro Tradição As renda lisa e na mão cabresto junto O queixo atado e as chilenas no garrão Se facilito esconde a cara e corcoveia Se se boleia sai o cabresto na mão Essa é a lida dum peão que gineteia Força no braço e destreza no garrão Assim eu vivo, Patrício, pelo rincão Fazendo o potro, Patrício, em redomão Assim eu vivo, Patrício, pelo rincão Fazendo o potro, Patrício, em redomão Estrada a fora assoviando estendo o potro Avisto ao longe a tostada do negrão E num gateado Juliano estende a corda Se sabe as normas sabe aguentar o tirão Um bagual zaino sente as garras e corcoveia Se agarra a orelha o Gabriel e o Capão Aperta a cincha e depois tira as maneias Grita o Nanico vai pro fundo Alemão São três semanas pra ajeitar o bico do pingo E no domingo já foi feita a revisão A gauchada já com ânsia aqui na estância Serviço brabo que no pago é tradição Vinte e um dias de trabalho nos arreios Sem tempo feio pra livrar algum tirão Me grita o preto hoje é dia de rodeio Mais um troféu que vou trazer pro meu rincão Entra na pista o Nelson Leja no picaço Estende o laço pra fazer a apresentação Vai pra escramuça depois pra esbarrada Sabe o segredo de ajeitar um redomão Se der no jeito hoje de tarde ainda monto Aguento os pulo escorado num redião Sistema bruto de lidar com aporreado Sou de à cavalo e tenho força no garrão