Trago no peito mil retrechos de cordeona Alma gaviona que não sabe de parar De vida e lida trago mala nos aperos E meus parceiros, o que eu não sei, vêm me contar Quem canta e anda como eu no mundo a fora A canha mora onde a gente quer comprar Pelos relentos fiz pousada sem demora O mundo aflora esta vontade de voltar Ah, meu rio grande, de tão grande, tu nem cabe No peito forte e na rudez deste peão Eu cevo o mate e me entrevero pelas tardes De golpe invade uma saudade do rincão Por isso eu vago em caminhos estradeiros Com curva e reta é só escolher e se bandear Se faço estradas os atalhos me namoram Deixa que chova, eu tenho um poncho a me abrigar Eu fiz estradas por aí, mundão a fora Como demora este caminho do voltar Amarga a boca, pois ser só é coisa feia De já se enleia quem tem chão pra recordar