Nasceu numa geada grande de branquear borrego preto Pisando gelo soltando bafo das ventas Esse corcel que me carrega aos domingos E essa estampa de pachola me sustenta... Fumaceando nas ventas. Ergue bem as mãos quando na marcha troteada Jeito cigano de rebater os quebrantes Tem por gosto de chegar ao povoado Timbre aragano de pingo que se garante... De rebater os quebrantes. Tem ares de piá meu cavalo tordilho Negro por por moço entonado assim no más Nasceu miudo pelas voltas de agosto E quem diria refugo do capataz... Entonado assim no más. Me foi presenteado pelo patrão, pois a ele de nada servia Levei pra o posto das gateada, junto com a lubuna velha Que morreu um ano depois de dar sua ultima cria Menos mal que deu lonca buena, Serviu de arremate pras cordas que sujeitei o potrilho E lhes digo flor de pingo, me sinto gaucho ao quadrado Quando esse potro eu encilho. Tem os encontros fortes como a minha raça Pois foi forjado pechando boi em rodeio Das entemperes conheçe calor e frio É sempre o mesmo tanto faz se o tempo é feio... Pechano boi em rodeio. Quem poderia dizer que o minguado da estancia Hoje é cobiça de nobres por galhardia Sou peão de campo, não sei de lidar com platas Me vale mais o tordilho que quadra de sesmarias... De nobres por galhardia. Tem ares de piá meu cavalo tordilho Negro por por moço entonado assim no más Nasceu miudo pelas voltas de agosto E quem diria refugo do capataz... Entonado assim no más. Entonado assim no más.