Vamos gaiteiro não se faça de rogado Puxe essa gaita e não pare de tocar Um xotezito no romper da madrugada E não tem nada é dois pra lá e dois pra cá E o salão da bailanta do povoado Tá sempre cheio não se pode afigurar Aquele xote que é herança do passado Que hoje toco somente pra recordar (Tem o laranjeira e o quatro passos E o carreirinha que é bom de se marcar E o duas damas, não sei o que faço É muita prenda pra um gaúcho segurar De madrugada canta o galo no terreiro E o braseiro já sem lenha se apaga Só o calor da prendinha que me aquece Agarradinho no corpo da minha amada De manhã cedo quando o baile chega ao fim A turma grita mais uma pra terminar Toque gaiteiro aquele xote da saudade Fique a vontade e não pare de tocar