Castração a Pealo Levantando poeira o sinuelo berra Batendo o cincerro sobre o pastoreio Repuna o mestiço e vem golpeando laço Cincha o meu Picasso atirando o freio Sevei o meu mate bem de madrugada Comecei a lida no clarear do día No fundão de campo a gritar com a boiada Pra vim pra mangueira numa manhã fría Duro no brasino arisco e ligeiro Atira os puchero no meu cuzco amigo Garroteando a tropa no berro e no coice Arrojado e valente a camperear comigo Quem tem fe no braço e armada pachuchera Retumba guascaço sobre o tirador Já cai a carcado ao centro da mangueira Pronto pra peixeira do peão castrador Ao chegar a tarde garrei a cordeona E fiz a chorona ecoar no espaço Depois encilhei uma égua alazona Me fui pra mangueira da um tiro de laço Levantei o braço e mandei o trançado Pealei o zebu que já tombou berrando Em poucos segundo levantou castrado Rebatendo os chifres saiu tropicando A cachaça na guampa reluz a memória Vai ficar na história o que eu fiz aquí Me disse o patrão faça pra mim agora Um verso pra estância Itacurubi Se de mão em mão a canha vai e vem Os bagos na cinza é só bate o tição Castração a pealo outra igual não tem Este é o ritual aquí do meu rincão