Paisano vire a cabeça deste bagual pro banhado Conheço os pais que ele tem são veiacos de nascença O pai veio do Uruguai é o pajador Colorado E a mãe a tubiana querência por isso saiu bragado Deixa que saio solito já que não tem aramado Dei campo pra este bragado corcovear bem a vontade Nos bastos eu me garanto esta é a minha identidade E quero fazer um domingueiro para passear lá na cidade Este bragado ventena saiu destorcendo os bastos Levando o focinho ao pasto como dizer me conheça A golpe espora e mangaço fiz levantar a cabeça Um chá de casca de vaca não tem quem não obedeça Disparou a campo fora contrariando o vento norte Sempre tive corda forte e nunca fui assustado Rédeas bocal bem sovado e um bom par de Maçanetas Golpeando sobre as paletas fiz esbarrar o bragado E o potro garrou o trote soltando os cascos de ponta Preguei o grito paisano já estamos com a doma pronta Daqui vamos pro bolicho hoje e eu que pago a conta Se o bragado se entregou bagual nenhum mas me apronta Hoje o cavalo bragado nos rodeios é a atração Le falo de flor de flete de dar inveja ao patrão Pois na porteira de um brete é mais ligeiro que um gato É um domingueiro de fato orgulho deste peão Disparou a campo fora contrariando o vento norte Sempre tive corda forte e nunca fui assustado Rédeas bocal bem sovado e um bom par de Maçanetas Golpeando sobre as paletas fiz esbarrar o bragado