Pés descalços pisando na grama cresci meio xucro entre os animais Convivendo com a natureza numa fazendinha que foi dos meus pais Muito cedo me veio o gosto pela cordeona e a cantoria Quando escutava Gildo de Freitas meu peito estufava de tanta alegria Por isso meu verso tem som de alambrado E traz o chiado da velha cambona É acalanto de almas campeiras Que bailam faceiras ao som da cordeona Aprendi toda lida de campo ao lado do pai que foi meu professor Um campeiro tem que ter ofícios coisa de importância e real valor Esse hoje o verso que canto é um acalanto de acordes rurais Pois fui curtido no Sol das fazendas laçando e quebrando queixo de baguais Por isso meu verso tem som de alambrado E traz o chiado da velha cambona É acalanto de almas campeiras Que bailam faceiras ao som da cordeona As lições que se aprende na infância nos alicerçam o rumo da vida O conselho dos pais é um legado pois mantém a alma do filho aquecida E por mais que eu percorra o mundo e conheça todas belezas globais Não troco por nada a cultura gaúcha do berço querido que amo demais Por isso meu verso tem som de alambrado E traz o chiado da velha cambona É acalanto de almas campeiras Que bailam faceiras ao som da cordeona