Um eco de gaita cruzou pelo campo Quebrando o silêncio da noite calada E com o luzeio de algum pirilampo A Lua clareava o rumo da estrada De longe se ouvia o som do Rio Grande Embalando a alma do povo campeiro Que passa a semana grudado na lida E de vez em quando engarupa a vida Num baile gaúcho a Luz de Candieiro Assim é o Rio Grande dos bailes campeiros Com gaita, cantiga, namoro e peleia Feitiço que chega de olhares matreiros Com uma labareda que a sala clareia Porque o Candieiro que revela o baile Jamais enfraquece, não se apaga o lume Pois ele é o luzeiro da raça nativa Que em nossa alma é uma chama viva Mantendo a essência dos nossos costumes Na voz do gaiteiro inventando vaneira A gaita enfeitando um quadro mais lindo O ar criou lida de campo e mangueira Com um cheiro de terra da poeira subindo E quando a noite se foi despacito Arrastando o dia por várzea e potreiro Me fui extraviando e mui satisfeito Levando uma baita saudade no peito Do baile gaúcho a Luz de Candieiro Assim é o Rio Grande dos bailes campeiros Com gaita, cantiga, namoro e peleia Feitiço que chega de olhares matreiros Com uma labareda que a sala clareia Porque o Candieiro que revela o baile Jamais enfraquece, não se apaga o lume Pois ele é o luzeiro da raça nativa Que em nossa alma é uma chama viva Mantendo a essência dos nossos costumes