Estes meus versos crioulos, nasce na poeira da estrada No Rio Grande não há nada que não se forme em poesia Desde a linda sinfonia do quero-quero guardião O trago de chimarrão e a chaleira que chia É o paradeiro do gado, quando o dia se finda E não a coisa mais linda que um fandango animado Onde o verso dobrado faz a cordiona chorar E a gauchada dançar um vanerão bem marcado E a beleza da prenda, que faz o pago sorriso E o lindo paraíso a natureza em flor Tudo tem o seu valor, carreira de cancha reta O versejar do poeta demonstrando seu valor É o pingo amigo fiel, atado na estrebaria É o laço e as três Marias, dependurado nos tentos Que serve de documento pro gaúcho campo a fora E o tinido das esporas nos devidos momentos