De gaita em punho E um chapéu velho tapeado Um pala ao ombro atirado E a estampa de gauchão Guela afinada E um rompante abagualado Um andejar debochado estiloso e bonachão Seja em fandango Festa, carreira ou rodeio Todos conhecem o floreio Do gaiteiro do pontão De cara alegre Vai empurrando vaneira Pra moçada dançadeira Fazer buraco no chão É tradição O povo a tempo já sabe Que quando a gaita se abre pacholeando um improviso Até a Lua Se para sobre a barranca A noite esconde a carranca E se embeleza num sorriso Las pelas tantas No virar da madrugada A gaita velha sovada Chora pedindo descanso E o gaiteiro Da de mão na botoneira Soca mais uma vaneira De cochilar no balanço E desse jeito Quando a noite se desaba Mas um fandango se acaba silenciando o meu rincão Estrada fora Vai assoviando esse taita Lembrando o toque da gaita Do gaiteiro do pontão