Eu sou do tempo do ábaco De quando não havia celular Não existia laptop nem o hábito De se intercomunicar Eu sou do tempo do Chacrinha Do lambe-lambe na pracinha Do selo e do cartão-postal Fã da Rádio Nacional E ainda digo com orgulho Sou do tempo de Getúlio E isso não é nada mau Eu me espantei ao ver o homem na Lua Eu vi surgir a Bossa Nova, que loucura! Eu vi a TV ganhando cores Pastorinhas e pastores Num antigo carnaval E isso não é nada mau