Nem bem o sol desponta olhares no horizonte O peão ginete leva o pardo pra mangueira Taura dos buenos traz o tempo por parceiro E a força bruta das rosetas cantadeiras Olhar revela uma ânsia domadeira Ao ver o potro escasseando no alambrado Pensa consigo, vai ser dura essa peleia E reza um terço esse pelo endiabrado Quem ganha a vida no lombo destes ventenas Aprende cedo quebrar queixo de aporreados Não perde o facho nos corcóveos caborteiros Potros matreiros se entregam sempre domados Quando o crinudo sente o peso da encilha Arqueia o lombo e já dispara, corcoveando Pressente o tombo, o velho taura, nesta hora Ao ver o mundo por seus olhos balanceando Por um segundo céu e terra se confundem E se misturam gritos, coices e pataços Só usa o mango como ultimo recurso E doma o potro riscando o lombo a mangaço