As meninas lá do samba só sabem sambar de lado As meninas lá do samba só sabem sambar do lado O mestre que tá na roseira pisa com muito cuidado O mestre que ta na roseira pisa com muito cuidado Arreia meu cumpade, sinhô Arreia meu cumpade, sinhô Na minha casa tem um pé de laranjeira Nele amarrei uma fita e amarro moça bonita Que gosta de namorar Na lua cheia quando o sapo-boi lá canta Ouço riso de criança e mulher nova me pedindo pra casar Tranca meus olhos com cadeado de ferro Que tua mulher não quero Você pode acreditar E nesse samba de chão todo enlamaçado Quem não tem corpo fechado Pode vir a escorregar Arreia meu cumpade, sinhô Arreia meu cumpade, sinhô Traga uma pinga e três galhos de pião Canela e manjericão pra de banho eu te cheirar Me lança um verso que de cá eu atravesso Como trem que vai na linha Disparado a te encontrar Mulher mulambo veste a saia rasgada Em teu olhar faço morada Pra não mais sair de lá E nesse jogo de se abraça corpo O samba fica gostoso Até o dia clarear Arreia meu cumpade, sinhô Arreia meu cumpade, sinhô Dona roseira preparou foi o salão Hoje eu não gasto nenhum tostão Pra poder me alegrar Major do dia chama lá zé mulequinho Quem chegou foi zé bebinho Aqui no coco pra sambar Gira treinada quem não tem língua afiada Vou chamar zé bom na faca Pra esse coco ele amolar É quebra pedra pois a minha pisada é forte Quem não pode se sacode até a poeira levantar Arreia meu cumpade, sinhô Arreia meu cumpade, sinhô É malunguinho, malungo, mano, malandro Nesse samba eu também danço Até o tamanco voar Rosa vermelha que entrou aí na roda Seu sorriso me namora Não resisto seu olhar Zé cruzambê no toré eu quero ver Aquela preta gemer com meu sangue de dendê Caco de vidro eu piso com ferradura Catimbó não me segura na barra dessa mulher Arreia meu cumpade, sinhô Arreia meu cumpade, sinhô