Em Mangueira quando morre Um poeta todos choram Vivo tranqüilo em Mangueira porque Sei que alguém há de chorar quando eu morrer Mas o pranto em Mangueira É tão diferente É um pranto sem lenço Que alegra a gente Hei de ter um alguém pra chorar por mim Através de um pandeiro ou de um tamborim Mangueira é celeiro De bambas como eu Portela também teve O Paulo que morreu Mas o sambista vive eternamente No coração da gente Mas o sambista vive eternamente No coração da gente Os versos de Mangueira são modestos Mas há sempre força de expressão Nossos barracos são castelos Em nossa imaginação Ôh, ôh, ôh, ôh! Foi Mangueira quem chegou